"Dessa vez, vim falar sobre o tempo. Não que eu o conheça muito bem. Na verdade, eu praticamente o desconheço. Vim porque às vezes é preciso ser ousado e essa foi uma das coisas que o tempo desse ano me ensinou. Sei que muitos se sentem da mesma maneira em relação a ele. Afinal, é muito complicado entender o tempo. Um exemplo disso é a constância irônica dos anos. Um após o outro, eles se sucedem incessantemente desde que o mundo é mundo. Ou desde que o tempo foi criado. Um ano pode ser muito tempo e durar décadas. Também pode ser muito pouco e durar o tempo exato de uma música. Pode ainda ser o tempo perfeito para aprender algumas das inúmeras lições que o só o próprio tempo é capaz de ensinar. E essas, ele não cansa de mostrar. Algumas são claras como céu em um dia de bom tempo. Outras estão camufladas nas curvas do caminho. Às vezes, nos sorrisos dos amigos. Como diria Cazuza, “o tempo não para”. Talvez seja por isso que insistimos em acreditar que temos todo o tempo do mundo. Por mais utópico que pareça, é verdade e isso fica bem claro quando adquirimos a consciência de que não temos tempo algum a perder. Afinal, como diria Renato Russo, “a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas”. Não que eu seja o Deus do tempo para afirmar isso com tanta convicção. Pelo contrário. Quanto mais o tempo passa, mais percebo que, como diria Sócrates, “só sei que nada sei”. Mas também sei que o tempo voa. Deve ser por isso que ele causa tanto medo. Do mundo, desconhecemos a verdade sobre os grandes mistérios do tempo. Alguma razão há de haver para isso e acho que a maior delas é justamente não ser necessário saber tudo sobre ele. Esperando pelas respostas, corremos sempre atrás das perguntas. E fica muito difícil descobrir quais são elas se estamos distraídos com o tempo. Muito se fala sobre perder tempo. Pouco se discute a respeito da certeza do quão incerto é a sua chegada. O que temos é o tempo do agora, porque o do futuro pode nem chegar. Mas, ainda que não chegue, já terá deixado, no mínimo, algumas gotas de esperança. Pois, inevitavelmente, não há quem não espere nada. Todos sempre esperamos tudo. Por também esperar e confiar muito no tempo, nessa virada de agora, nessa de hoje logo mais que se transformará naquela de amanhã, a você desejo, com muita sinceridade, um pouco de tempo. Tempo para sentir o amor da sua família. Tempo para amar alguém especial. Tempo para descobrir novos amigos e tempo para abraçar os antigos. Tempo para planejar o futuro e tempo para viver o agora. Tempo para pensar no passado e tempo para se emocionar com isso. Tempo para sentir saudade, comer coisas gostosas e até sentir com verdade as coisas que o tempo for levando. Tempo para ter sucesso. Tempo para aproveitá-lo. Tempo para renascer quando o tempo for de mudança. Tempo para se preocupar com o planeta e tempo para olhar o próximo com mais amor. Tempo para estarmos juntos. Mais que tempo, eu desejo vida para você aproveitar tudo o que o tempo da vida trouxer. No fundo, no fundo, somos feitos de tempo. E de vida, também. Façamos deles os nossos principais aliados. Em 2011, faça tudo, só não perca tempo, nem vida. E descubra que, seja como for, o tempo e a vida são imperdíveis.
Feliz vida e tempo novos para você."
PS: Esse texto foi escrito por Antônio Paulo, um amigo muito querido, e descreve tudo, não precisei mudar uma palavra, foi do meu email pra cá.
domingo, 2 de janeiro de 2011
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Bom é na infância...

Bom é ser viver na infância, onde a gente tapa o olho e acha que sumiu das vistas do mundo.
Onde a gente pode chorar sem vergonha.
Onde não pode mentir que fica de castigo.
Onde o primeiro amor é só um sorriso.
Onde a brincadeira tem graça, o palhaço tem nariz vermelho e a maldade passa longe.
Bom é na infância, quando gente é centro das atenções de forma inocente.
Quando a vida parece estar tão longe de acabar que a gente nem sabe o que é morrer.
Bom é lambuzar o picolé na roupa nova.
É cair e levantar uma vez por dia e sentir doer só no corpo.
É dormir de farda depois do almoço.
É pintar tudo errado e fora do traçado do desenho.
É não saber quanto a sua mãe gasta com você por mês.
É não ter contas, nem fazer contas.
Bom é na infância, que a alma apesar de frágil, é fácil e perdoa. Não tem marcas, nem medos, nem antigas histórias que insistem zumbir no seu ouvido.
Do Mestre Vinícius:
"Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não..."
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Pinóquio

Oh, Céus! Todo dia tenho crises por ser eternamente dependente das palavras escritas. Não adianta, numa folha em branco eu me sinto em casa, discorro sobre coisas que até Deus duvida. Eu consigo até falar de mim! Deve ser por isso que escrevo textos muito descritivos e pessoais. Eu me descubro quando me transcrevo. Ou quem sabe eu me invento. O que é que custa? De repente uma das minhas invenções ganha vida, num foi assim com o tal Gepeto quando criou o Pinóquio? Eu faço a minha terapia. Eu sou a minha terapeuta. Isso por que eu tenho dificuldade (talvez quase um bloqueio) de falar o que há lá longe, no meu eu mais fundo. Já percebi que as pessoas não me compreendem e que me confundem ainda mais com “aquela velha opinião formada sobre tudo”. Eu já falei várias vezes sobre o que me desconserta e sobre o quanto eu sou atrapalhada. Talvez o bate papo presencial piore isso em um grau avançadíssimo.
Voltando ao Pinóquio, essa coisa de se inventar na vida dá super certo. Pinte o cabelo, mude a cor da unha, faça novos amigos, abandone a faculdade e comece a fazer Design de Interiores. E daí que sua mãe acha que isso é hobby? Sou Publicitária, tenho 23 anos e mudei de cidade quando deu na telha. Ainda não descobri se fiz a coisa certa. Mas se não for eu invento que foi e eu mesma me consolo depois, sou ótima nisso! Reinvento-me sempre. Pra te mostrar o melhor e o pior de mim. Meus desejos e minhas loucuras. Ah, se você fizesse idéia do que eu sou capaz! Não tenho medo, eu apenas não descobri ainda o que você merece de verdade.
Hoje a insônia das 4h:59min da manhã me pediu um texto e eu não tinha pauta, perdoe-me a falta de lógica.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Priceless

São amores que amam e amores que doem. Geralmente os que doem são os que mais amam. Não adianta dizer que amor é pleno sempre. Não é. De alguma forma, amar dói. Amor é sentir. É arrepiar uma vez por dia (pelo menos). Fugir do tempo. Esquecer a geografia. Amor é amar 24h. E de maneira inconsequente. Inconsequencia tem consequencia (aliás, nem sei por que se escreve assim). Tem doer, que dói mesmo, no maior sentido da palavra. Mas tem amor que somente ama. Não é o que eu quero. É o que cansa. Já disse que nada muito linear me atrai. Logo eu, que mal consigo desenhar uma linha reta com papel e caneta.
Da minha alta convivência com mais que meia dúzia de mulheres diariamente eu digo: mulheres não são fáceis. Talvez por isso que eu desejo nascer mulher se o Chico Xavier estiver certo e eu puder ter outras vidas. Da minha análise geral sobre a forma de cada uma delas amar eu penso: que loucura! Minhas amigas me enlouquecem. Talvez porque é grande o número e alta a qualidade da devoção e cuidado com cada uma. Eu me preocupo e passo horas tentando aconselhar e enfiar na cabeça delas o que muitas vezes eu sei que não entraria na minha - eu sou mesmo difícil de aconselhar, sou egoísta com meus sentimentos. Sou verdadeiramente fiel ao que sinto e jamais passo por cima das minhas vontades. Mas é que acredito ser equilibrada, elas não - Em sua maioria, elas tem problemas em ligar o coração com o cérebro. Elas tem sempre o amor da vida delas na tarde que segue a noite de ontem (isso, pelo menos, duas vezes por ano). Ou pelo menos o tratam como tal. A verdade é que essas meninas amam, amam com força. Dedicam-se e amam. Todos os dias, cada dia mais. E ainda mais na próxima história. Eu gosto delas, me apego aos seus amores para engrandecer a minha vida, que ama sempre com muito cuidado no detalhe. A inconsequencia fria que me segue sempre, fica pegando fogo perto delas.
Eu adoro ouvir suas histórias, e passo horas ensaiando meu mais belo discurso para confortar os coraçõezinhos aflitos. Sei que elas sempre me ligam e que me acham compreensiva. Não faço o tipo que aponta o dedo, mas tomo pra mim toda a raiva. E não consigo medir palavras. Sei que muito do que eu digo entra num ouvido e sai pelo outro. Mas quem sou eu pra julgar? Faço exatamente a mesma coisa! O que importa é estar sempre ali para ouvir. Ou sempre ali pra falar. Quem não tem opinião não tem amigos. Ninguém gosta de gente morna, que não comparece, que não coloca tempero na conversa. Gente gosta de gente. Gosto de ter referência, mas ser referência é melhor ainda. Elas são mesmo de pirar qualquer analista. São as minhas princesas, o meu conto de fadas diário desde que cresci. Elas são os meus amores, a minha alegria diária. São minhas...
terça-feira, 13 de abril de 2010
Beija Eu

Treze de abril, dia do beijo. Não sei o porquê da determinação da data, mas é um bom motivo para se comemorar. Será unânime até o fim dos tempos: beijo é tudo de bom. Beijo da mãe, da avó, da amiga... Beijo na mão é lindo, na testa emociona, na bochecha é carinho. Beijo na boca é um bom começo. Começo de coisa boa ou ruim. Beijo é inconseqüente. Quer saber o quanto você é capaz de se envolver com alguém? Beije aquela pessoa. Virou clichê, balela, normal, mas beijar alguém na boca, aquele beijo de verdade, é um ato tão íntimo, pensa. Eu sinto se vou te amar um dia no primeiro beijo, fique certo disso. Não, não que eu ame facilmente, mas a primeira impressão ainda é a que fica.
É com um beijo que você começa e com um beijo que você termina. Passar a beijar no rosto, secamente, a quem você tanto amou beijar na boca é a tarefa mais difícil de se terminar um relacionamento.
O primeiro beijo é gostoso. O segundo é gostoso. O terceiro é costume. O último é sofrido. E se volta é saudoso.
Beijo, beijo, beijo, beijo e beijo! Beijo pra me sentir viva, pra curar carência, por amor, por diversão, por carinho, por respeito. Eu beijo e se você puder, beija também. É meu único desejo pra mim e pra você hoje.
#nowplaying:
"Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser..."
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Ama-me
Eu sempre quis as pessoas que eu amo perto de mim. Sempre me sinto frágil ao estar sozinha. Hoje eu quero ir pra longe. Desejo cada dia mais a minha mudança. Mas é que além de dependente emocionalmente de companhia eu sou dependente da vida mutante para sobreviver. Entenda por constante mudança, é disso que necessito sempre para viver, e viver bem. Essa minha angustia ainda adolescente de não saber onde eu vou parar é o que me guia, ou o que me tira do trilho, vai saber. Eu sei que eu reclamo de barriga cheia, mas continue me surpreendendo se quer meu amor pra sempre. Eu não sou sempre a mesma, eu sofro de TPM e eu acordo todo dia com uma cabeça diferente. Dias estou linda, dias nem consigo me olhar. Mas me elogie sempre. Me faça sempre um grande favor. Me agrade. Eu sei, eu não sou tão sentimental, mas acredite, metade de mim é armadura de guerra, é defesa de quem nem sempre é atacada. É historia de quem já viveu coisas ruins e finge que esqueceu. Confia em mim, no fundo eu sou uma boa pessoa para se apaixonar. Eu sou parceira. Sou leal. Ser leal vai muito além de fidelidade. É compaixão (no melhor sentido do termo). É parceria. É lado a lado. É confiança de olhos fechados. Falando nisso, não me decepcione. Jamais minta pra mim. Não confunda o meu jeito solto com desleixo, eu cuido dos que amo e eu gosto de amar. Vivo para essa entrega, mesmo que eu mesma ainda titubeie às vezes. Ta disposto a ser feliz? Vem comigo e aperta o cinto, a próxima curva é logo ali!
Hoje eu li Carpinejar, conhecem? Pois lhes apresento: http://carpinejar.blogspot.com/
Alguns trechos do seu último texto:
"Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença."
“Liberdade na vida é ter um amor para se aprender"
(Carpinejar)
Hoje eu li Carpinejar, conhecem? Pois lhes apresento: http://carpinejar.blogspot.com/
Alguns trechos do seu último texto:
"Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença."
“Liberdade na vida é ter um amor para se aprender"
(Carpinejar)
terça-feira, 23 de março de 2010
Sabor de Elis
Continuando o traçado da vida, encontro-me mais uma vez em um momento meu, só meu. Momento onde as coisas não precisam fazer sentido, onde eu não espero mais ligação nem mensagem de madrugada. Sou eu, comigo mesma. E eu não sou fácil. Sou arisca. Escorregadia. Sou razão ao me ver sozinha. Emoção quando alguém chega perto. Não, não é mesmo fácil chegar perto. Eu mudo de opinião. Eu sou irreversível. Eu só não sou constante, linear. Juro que eu não sou sem graça. Sou viva. Sou pura. Sou criança. Sou sabida. Sou moleque. Mas quer um conselho? Olha direito, enxerga meus defeitos e me julga antes de se aproximar... é um caminho quase sem volta. E me machuca.
“Sou apenas o meu tipo inesquecível, apesar de às vezes me achar uma porcaria”
Elis, a Regina.
“Sou apenas o meu tipo inesquecível, apesar de às vezes me achar uma porcaria”
Elis, a Regina.
Assinar:
Postagens (Atom)