sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Aquela coisa toda de ser mulher


Quantos sabores o universo feminino sente por dia nem é a tal questão. Não falo do óbvio. Interessante são os sabores, os aromas, as malícias, os desejos, os olhares, o tom de voz, a luz, a velocidade do trânsito que cada mulher vive e desvenda. Quem é mulher sabe que a gente passa o dia sentindo, captando energia externa, decifrando o que cada movimento significa, o menor detalhe de qualquer mudança. E fantasia, e se perde, e julga. Ser mulher é ter conflito. É planejar, capacitar, executar e avaliar sozinha suas ações e as alheias. Sim, porque as ações alheias são altamente influenciáveis no seu humor, no seu tocar do dia. Esse meu jeito tão feminino de segurar minha entrega, de disfarçar os meus gostos e as minhas dores. Essa minha coisa de mulher, de dizer o que pensa de forma enfeitada, de buscar parecer madura e controlada quando dentro da carcaça tem um naufrágio de sonhos, de expectativas... Ah! Essa minha vontade de fazer todas as minhas vontades. De ter quem descubra as minhas vontades. De ter quem questione as minhas vontades. Que vontade de despertar vontades. De bloquear vontades. De brincar com as nossas vontades. Que vontade de ser menos menina, de ser forte de verdade, de largar a minha máscara e mostrar as minhas tais vontades. Que desejo de vontade. Que falta de vontade. Que louca vontade...de que ainda você tivesse vontade. Vontade de esquecer toda essa vontade. Dúvida se foi realmente vontade, se foi mais que vontade, se nem tivemos vontade! É aquela coisa de tato, de jogar no escuro, de esperar o tempo. Cansei...

2 comentários:

Martha Mendonça disse...

fica bem! amo vc!

Jéssica Lieko disse...

Afff... Foi tanta vontade que eu nem sei se ainda tennho vontade. Ou se na verdade tenho vontade de não ter vontade. Fiquei confusa com tantas vontades...

Amo