segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saudade

E eu sigo assim, com meu jeito hipérbole e confuso de levar a vida. Essa que é tão minha, tão única e tão compartilhada. Gosto de compartilhar, mais ainda de ter com quem compartilhar. Eu não sei viver sozinha, sou dependente de gente, de amor, de contato. O que sai do meu campo de visão me foge do controle, e eu não me conformo de não poder controlar aquilo que amo. Porque mais que controlar, eu protejo, eu acompanho, eu me meto, durmo, acordo, cuido, cheiro, abraço... Eu gosto de contato e agora preciso aprender a ceder. Ceder e entender que as pessoas não se prendem por completo, cada uma, a mercê da sua necessidade pessoal, vive uma vida isolada, muito além daquela compartilhada, que não é mais ou menos importante, ela só é, e assim deve ser, prioridade. Nem sempre as prioridades são as coisas mais importantes, daí a velha discussão entre o racional e o emotivo. Sabe me dizer o que é prioridade na sua vida? E, no fundo, o que é mais importante? Pensa só mais uma vez, com força, e vai entender que prioridade e importância nem sempre caminham lado a lado. Elas se dissipam e divergem, nos mostrando como é cruel ser um ser humano, ter carne e osso e, pior, um coração para amar e morrer de saudade... Me resta esperar e te guardar numa caixinha, para que a sua prioridade te amadureça e te dê força para voltar ainda mais linda, mais forte, mais segura e mais feliz. Me leva dentro do seu bolsinho, que eu fico bem pequenininha mesmo do seu lado. Não deixa aqui a luz que eu te dei, leva com você e soma, para que na volta você me traga estrelas. Voa, voa bem alto, mas não tira os pés do chão. Eu vou estar aqui pra sempre, e se a expressão “amigas para sempre é o que nós iremos ser” virou clichê, dane-se o mundo e o eterno, a gente é bem maior que isso tudo.

Te amo!

Um comentário:

Jéssica Lieko disse...

Todos os dias, antes de dormir, retorno. Leio e choro até pegar no sono. Amo demais.